por Júlia Calçade
No próximo dia 15 de novembro, acontecem em todo o país as eleições municipais para definir os novos prefeitos e vereadores. Em meio à pandemia da Covid-19, e depois do adiamento das datas para votação, muitas pessoas ainda estão receosas sobre ter que sair de casa para votar. Para aqueles que fazem parte do grupo de risco para o agravamento da doença causada pelo novo coronavírus, o medo é ainda maior.
As pessoas idosas, que são parcela importante desse grupo de risco, possuem voto facultativo a partir dos 70 anos de idade. Ainda assim, parte significativa desse grupo opta por continuar exercendo seu direito na manutenção da democracia do país. Muitas pesquisas, agora, tentam prever se em um cenário de risco para as pessoas mais velhas, ainda sem vacina e sem cura comprovadas para a doença que abalou o mundo todo em 2020, elas ainda terão a vontade de sair de suas casas para votar.
Infelizmente, com a pandemia, toda a população tem enfrentado tempos muito difíceis. No entanto, a forma como alguns governantes lidaram com a crise mostrou a importância na eleição de representantes qualificados e preocupados com aquilo que é mais valioso: a vida. Apesar (e a partir) da situação atual, é válido reforçar que as eleições precisam ser mantidas, uma vez que definem os representantes da população com o poder de tomar importantes decisões, que afetam diretamente a vida de todos. Os candidatos, quando eleitos, têm o dever de governar visando o bem comum. No entanto, cada candidato defende pautas específicas, que norteiam muitas dessas decisões. Dessa forma, deixar de votar pode significar não se sentir representado e não ter questões que julgue essenciais para sua qualidade de vida levadas em consideração.
Para que no dia da votação todos se sintam seguros ao sair de casa em meio à pandemia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz algumas recomendações à população em geral, como levar uma caneta para uso pessoal, manter distância mínima de um metro de outras pessoas, higienizar as mãos com álcool antes e depois de votar, além do reforçar o uso obrigatório da máscara. Para as pessoas idosas, o TSE estabeleceu o horário das 7h às 10h como preferencial, isto é, neste período da manhã, pessoas com 60 anos ou mais terão prioridade para votar no dia das eleições. Dessa forma, evitam-se aglomerações e diminuem-se os riscos.
Com isso, a Associação Brasileira de Gerontologia apoia que a população idosa exerça seu direito e vote naqueles candidatos que se sintam mais representados. Além disso, a ABG incentiva que não somente as pessoas idosas, mas também toda a população vote em candidatos que tenham propostas objetivas relacionadas à melhora da qualidade de vida na velhice, além de políticas assertivas para o envelhecimento saudável de toda população. O envelhecimento populacional já é uma realidade e deve se concretizar em um projeto de nação. Desejamos que cada voto seja construtivo nesse sentido.
Pessoa idosa, faça a diferença: vote!
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